sábado, 3 de julho de 2010

MÓDULO 14 - MEMORIAL

Curso técnico de formação para os funcionários da educação. Profuncionário – Turma 03
Professores: Valquíria Charles de Freitas e Maicon Rogério Canuto
Aluna: Rosilene de Lima


MEMORIAL MÓDULO 14


Este memorial refere-se ao décimo quarto módulo estudado no curso técnico de formação para os funcionários da educação (Profuncionário) em Multimeios Didáticos, cujo tema abordado foi “Oficinas culturais”, parte que integra o bloco de formação específica em multimeios didáticos.

Estudar o processo de desenvolvimento das oficinas culturais na escola ampliou meus conhecimentos e como agente educacional posso atuar, a partir desse aprendizado, diretamente no processo pedagógico, contribuindo para que haja uma manifestação da identidade cultural da região em que fica a escola que trabalho.

Este módulo tratou de temas muito interessantes, tais como: a relação entre educação e cultura – trazendo uma definição do conceito de cultura; a diversidade cultural brasileira – fazendo um histórico do processo cultural do Brasil desde o descobrimento, passando pelo Barroco, o Arcadismo e o Modernismo; as diferenças entre cultura erudita, cultura popular e cultura de massa; a identidade cultural da comunidade escolar e; o desenvolvimento de atividades culturais na escola – com propostas e idéias que podem ser colocadas em prática.

Uma das pesquisas mais interessantes que fizemos, a meu ver, foi sobre os aspectos que diferenciam a cultura das cinco regiões brasileiras. Além do samba e do futebol, mencionados no módulo, o Brasil conta com uma imensa e variada gama de manifestações de cultura, algo que varia muito de região para região. Na região Sul, por exemplo, podemos citar a música gaúcha como uma manifestação cultural, sem falar do delicioso churrasco, que também é típico da região, especialmente do estado do Rio Grande do Sul. Na região Norte o folclore é bastante desenvolvido, podemos destacar a festa do “Boi Garantido”, já na culinária, por ser uma região com grande quantidade de rios, os pratos típicos são a base de peixes e de plantas como o Jambu do Pará. Na região Nordeste, podemos destacar a cultura histórica, os casarões coloniais, as igrejas, etc. Sua culinária é bem diversificada, com pratos regionais, como a moqueca de peixes, ostras e camarões e outros vindos da África como os abarás e acarajés. No Sudeste brasileiro temos principalmente a cultura do samba e na culinária: tutu de feijão, feijoadas (trazidas pelos negros ao Rio de Janeiro) e as mais variadas comidas internacionais na grande São Paulo, considerada uma capital gastronômica. Na Centro-Oeste destacam-se manifestações como a festa do Divino Espírito Santo da cidade de Pirenópolis – GO e o eco-turismo, especialmente na região do Pantanal. A culinária é bem variada, conta com arroz carreteiro, moquecas, peixes, pato no tucupi, etc.

Por meio do estudo do módulo, tivemos contato também com algumas lendas da nossa região. Uma das propostas do módulo foi pesquisarmos a lenda de Vila Velha e de como nasceu a erva mate. Vejamos as referidas lendas:


VILA VELHA: A lenda da cidade da pedra.

Itacueretaba, antigo nome do que conhecemos hoje por Vila Velha, significa "a cidade extinta de pedras". Esse recanto foi escolhido pelos primitivos habitantes para ser o Abaretama, "terra dos homens", onde esconderiam o precioso tesouro "itainhareru".

Tendo a proteção de Tupã, era cuidadosamente vigiado pelos apiabas, varões escolhidos entre os melhores homens de todas as tribos. Os apiabas desfrutavam de todas as regalias, porém era-lhes vedado o contato com as mulheres, mesmo de suas próprias tribos. A tradição dizia que as mulheres, estando de posse do segredo do Abaretama, revelariam aos quatro ventos e chegada a notícia aos ouvidos do inimigo, esses tomariam o tesouro para si.

Dhui fora escolhido para chefe supremo dos apiabas. Entretanto, não desejava seguir aquele destino. Seu sangue se achava perturbado pelo fascínio feminino. As tribos rivais, ao terem conhecimento do fato, escolheram Aracê Poranga para tentar o jovem guerreiro e tomar-lhe o coração para conseguir o segredo do tesouro.

Não foi difícil Aracê se apaixonar completamente por Dhui. Numa tarde primaveril, Aracê veio ao encontro de Dhui trazendo uma taça de "uirucuri", o licor de butias, para embebedar Dhui. No entanto, o amor já se assenhorava de sua razão e ela também tomou o licor, ficando ambos sob a sombra de um Ipê, languidamente entrelaçados.

Tupã vingou-se, desencadeando um terremoto que abalou toda a planície. Abaretama, completamente destruída, tornou-se pedra. O tesouro de ouro fundiu-se e liquidificou-se se transformando na Lagoa Dourada. Os dois amantes, castigados, foram petrificados um ao lado do outro. Junto a eles ficou a taça, igualmente petrificada.

E foi assim que Abaretama se tornou Itacueretaba.


Disponível em: http://www.pousadacaina.com.br/parque%20vila%20velha.htm. Acesso em: 09/03/10


Erva Mate – lenda Carijó

Uma tribo de índios carijós (índios da família tupi-guarani que habitavam o litoral sul do Brasil) vivia do seu trabalho na lavoura de mandioca e milho. Mas, depois de permanecer por 4 ou 5 anos num local, eles migravam pois a terra se cansava e parava de produzir.

Certa vez, um velho guerreiro cansado recusou-se a seguir adiante e preferiu ficar sozinho. Sua filha, a jovem Yary, permaneceu junto a ele. Sua atitude de amor mereceu ser recompensada e, um dia, lá chegou um guerreiro desconhecido. Ele indagou a Jary o que a deixaria feliz. Ela nada respondeu, mas seu pai, disse: "Desejaria ser forte para seguir adiante e levar Yary ao encontro da tribo que lá se foi." O guerreiro deu ao velho índio uma planta muito verde e perfumada. Ensinou-o como plantar, colher as folhas, secar ao fogo, triturar e colocar os pedacinhos na cuia, feita com o fruto seco do porongo (também conhecido como cabaça). E, depois, acrescentar água quente ou fria e sorver essa infusão. Dada a receita, disse: "Terás nessa nova bebida uma companhia saudável mesmo nas horas solitárias. E, como prêmio pela generosidade de sua acolhida, torno imortal sua filha Yari."

Foi assim que a jovem carijó Yari transformou-se na árvore da erva-mate (caá-yari) e nasceu a bebida caá-y que os brancos mais tarde adotaram com o nome de chimarrão. Árvore que, por mais que seja desfolhada, volta a brotar e a florir sempre mais vigorosa, permanecendo sempre jovem. Depois disto o guerreiro partiu. Caá-Yari tornou-se a deusa dos ervais e protetora dos ervateiros, diminuindo-lhes o peso dos feixes e renovando suas forças.



Disponível em: http://www.lendorelendogabi.com/lendas_mitos/lendas_de_plantas2.htm
Acesso em: 09/03/2010.



Para concluir, foi possível, por meio do estudo deste módulo, conhecer, compreender e perceber as oficinas culturais como aliadas do processo educacional. Podemos e devemos reconhecê-las como um momento de experimentação, descoberta e criação, constituindo-se em um espaço de aprendizagem permanente, de troca de informações e de interação social, fatores de extrema relevância para a formação que se anseia na atualidade. Cabe a nós, profissionais da educação, contribuirmos com esse processo de formação, fazendo parte e também facilitando o fazer pedagógico da escola e suas relações com a comunidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário