terça-feira, 3 de abril de 2012

MÓDULO 5 - Revolução Industrial

Síntese acerca da Revolução Industrial e sua influência na sociedade capitalista.

Atualmente, as relações de trabalho e produção passam por grandes mudanças. Essas transformações estão ligadas ao desenvolvimento de novas tecnologias, tais como: a informática, a robótica e o uso combinado do computador com outros meios de telecomunicação. O que se percebe é que estamos em plena revolução industrial “tecnológica”.
É difícil imaginar como seria a vida cotidiana da sociedade contemporânea sem automóveis, eletrodomésticos, telefones, etc. Entretanto, esse mundo de máquinas e tecnologia, tal como conhecemos, começou a tomar forma com a Revolução Industrial, que teve início na Inglaterra em meados do século XVIII e estendeu-se para outros países a partir do século XIX.
Antes do período supracitado, a maioria das pessoas vivia no campo, desenvolvendo atividades agrícolas e pastoris ou moravam em vilarejos desenvolvendo atividades como a de artesão. O artesão precisaria dominar todo o processo do seu trabalho, ou seja, desde desentortar um arame até dar o polimento final a um alfinete, e ainda fabricar seu próprio instrumento de trabalho.
Os homens, antes da revolução industrial, trabalhavam em pequenos grupos e produziam em pequena escala. Existiam as manufaturas, as quais, pela praticidade e rentabilidade comercial, reuniam vários artesões, em um só lugar. Essa era uma maneira de economizar na fabricação dos instrumentos de trabalho. As manufaturas eram fabricadas somente para suprir o interesse local imediato, tais como: alimentos, roupas e outros objetos. Havia também as grandes cidades, eram centros comerciais e principalmente cidades capitais, ou seja, concentrava do poder político do reino.
O que mudou com a revolução industrial?
Nas manufaturas foi implantado um processo de divisão do trabalho, o qual deu origem às linhas de produção e montagem. Cada trabalhador cumpria uma tarefa específica na produção. Com a divisão do trabalho, aumentou-se a velocidade de fabricação, pois o trabalhador passava o dia todo realizando a mesma atividade, o que o tornava cada vez mais ágil.
O estágio da produção mecanizada nas fábricas foi atingido quando os avanços técnicos, aliados ao aperfeiçoamento dos métodos produtivos, propiciaram a criação das máquinas industriais. O processo de mecanização da produção, conhecido como Revolução Industrial, teve início na Inglaterra, pois ao longo da Idade Moderna a burguesia inglesa acumulou capital – por meio da concentração de terras nas mãos de poucos proprietários e da expansão do comércio, que deram impulso ao processo de produção industrial.
Alguns fatores contribuíram para que a burguesia expandisse o comércio marítimo e acumulasse capital: A Inglaterra tinha a mais importante zona de livre comércio (resultado da abolição dos antigos direitos feudais) e um sistema de créditos financeiro bem desenvolvido (desde a fundação do Banco da Inglaterra, em 1964).
Fatores como os acima mencionados favoreceram a expansão do comércio marítimo e a acumulação de capitais pela burguesia, que passou a investir tanto nas fábricas como na modernização da produção rural, até mesmo introduzindo máquinas agrícolas. O investimento no campo gerou maior produção de alimentos e houve ainda, devido ao racionalismo iluminista, um avanço na medicina que pode combater algumas epidemias. Esses acontecimentos favoreceram o aumento da população e, associado ao êxodo rural, levou à ampliação da oferta de mão-de-obra nas cidades, formando uma massa de trabalhadores que só tinha como meio de sobrevivência o trabalho na indústria em troca de um salário miserável. O acúmulo de capitais e a exploração do trabalho colocaram a Inglaterra na dianteira da Revolução Industrial. Grosso modo, pode-se afirmar que Revolução Industrial trouxe a expansão do comércio e o crescimento da população urbana impulsionando e fortalecendo o capitalismo na sociedade.

Bibliografia:
COTRINI, Gilberto, História Global–Brasil geral–Volume único -8ª edição.S.Paulo: Saraiva, 2005.
FIGUEIRA, Divalte Garcia, História – volume único-1ª edição. S. Paulo: àtica. 2005.
HOBSBAWM, Eric, a era do Capital. São Paulo. Editora Paz e Terra, 1982.

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