terça-feira, 27 de abril de 2010

MÓDULO 10 - MEMORIAL

Curso técnico de formação para os funcionários da educação. Profuncionário – Turma 03

Professora Pedagoga Tutora: Valquíria Charles

Professor da Formação Técnica: Maicon Canuto

Aluna: Rosilene de Lima

Referência: Módulo 10


MEMORIAL MÓDULO 10



Este memorial refere-se ao módulo 10 do curso técnico Prófuncionário em Multimeios Didáticos, entitulado “Teorias da Comunicação”, autoria de Dante Diniz Bessa. Neste, tratamos de assuntos como: tipos, elementos e conceitos da comunicação humana e as relações existentes entre comunicação, mídia e linguagens, história, sociedade e educação. Foi muito interessante, pois tivemos várias experiências relacionadas à comunicação, tais como: filmes, pequenos vídeos, dinâmicas, palestras, etc.


Sobre a comunicação humana, esta é de suma importância para possamos estabelecer as relações sociais de forma auxilie no nosso próprio desenvolvimento intelectual, físico, psíquico, etc. A interação social é inerente à comunicação humana e, esta, pode ser analisada nos diferentes espaços da sociedade. Existem, dentre as formas de relações, as que ocorrem entre pessoas e entre pessoas e instituições. Isso nos permite verificar que há vários elementos e motivos que envolvem tal comunicação, refletindo sobre as suas formas existentes. Cita-se: a Comunicação Interpessoal, que ocorre de forma direta e imediata, com as pessoas frente a frente, se relacionando por meio da fala e gesticulação; a Comunicação Institucional, encontrada nos murais que são uma forma de comunicação indireta, que não é específica para alguém, mas para a comunidade; e a Comunicação de Massa, cujo objetivo é atingir as multidões através de elementos básicos fundamentais como: fonte, destinatário, emissor, receptor, código, canal, mensagem/informação.


No que diz respeito à relação entre comunicação, mídia e linguagens, história, sociedade e educação, vejamos, respectivamente, alguns tópicos:



  • A linguagem é uma forma de comunicação, construída de forma simbólica, entre os seres humanos e, por meio dela, são capazes de expressar seus valores, suas crenças, opiniões, etc. Os símbolos e signos constituem dois grupos de códigos utilizados para a comunicação. A mídia consegue manipular esses códigos, transformando-os, fazendo com que as pessoas os interpretem de uma maneira diferente, por isso seu poder de persuasão.

  • A história nos relata como a sociedade chegou ao seu estágio atual. Le Goff (2003) defende que a cultura dos homens com escrita é diferente da cultura dos povos sem escrita, todavia, não radicalmente divergente. Os povos sem escrita cultivam suas tradições por meio de narrativas mitológicas, transmitidas às demais gerações pelos homens – memória, personagens responsáveis pelo cultivo da história de seu povo. Do período em que se deu o desenvolvimento da memória pela oralidade até o aparecimento da escrita (da Pré-História até a Antiguidade), Le Goff (2003, p. 427) afirma que houve uma “transformação da memória coletiva”, a partir do momento em que os homens passaram a inscrever suas aventuras, vitórias e conquistas em monumentos epigrafados. No entanto, quando a escrita passa a ser organizada em documentos escritos, um outro avanço acontece: a capacidade de registrar, marcar, memorizar, reordenar, reexaminar, etc. A escrita, assim, possibilitou a criação de exercícios de memória. Ao tratar dos progressos da memória escrita, Le Goff (2003) enfatiza a o aparecimento da imprensa como fator que revoluciona a memória ocidental. Antes, dificilmente se distinguia a transmissão oral e a transmissão escrita. A imprensa trouxe a “[...] exteriorização progressiva da memória individual [...]” (LE GOFF, 2003, p. 452). Para o autor, sobretudo os tratados científicos e técnicos aceleraram a memorização do saber. De acordo com o autor, a maior revolução da memória está no século XX, com o aparecimento da espetacular memória eletrônica. Entretanto, não se pode deixar de salientar suas conseqüências: “[...] a utilização dos calculadores nos domínios das ciências sociais e, em particular, daquela em que a memória constitui, ao mesmo tempo, o material e o objeto: a história [...]” e “[...] o efeito “metafórico” da extensão do conceito de memória e da importância da influência por analogia da memória eletrônica sobre outros tipos de memória” (LE GOFF, 2003, p. 463). Na concepção de Le Goff (2003), toda essa evolução das sociedades, elucida a relevância do papel que a memória coletiva representa. Ela está presente nas grandes questões das sociedades desenvolvidas e em desenvolvimento. O autor a defende como “[...] um elemento essencial do que se costuma chamar de identidade, individual ou coletiva, cuja busca é uma das atividades fundamentais dos indivíduos e das sociedades de hoje, na febre e na angústia.” (LE GOFF, 2003, p. 469).

  • A sociedade é a “consumidora” da mídia. Esta, por sua vez, atendendo aos seus interesses, se comunica de forma a prender a atenção do seu ouvinte, do seu consumidor. A comunicação controladora é uma maneira de sobrevivência da própria mídia que estimula a sociedade a se sentir dependente, quando falamos, por exemplo, da mídia de consumo. Entretanto, não podemos observar apenas o lado obscuro da mídia, tendo em vista que ela é responsável pela modernização da sociedade, representando a imensa evolução da humanidade que, nos dias atuais, se interliga independentemente de distância geográfica.


  • Quanto à educação, é impossível não reconhecermos sua relação com a mídia. A sociedade atual, da informação, da informatização, da modernidade, demanda o uso da mídia. A escola e a mídia educam pela significação que constroem. No entanto, a primeira tem o compromisso com a aprendizagem, enquanto que a segunda procura construir significações “ilusórias”, coerentes com seus objetivos. Assim, constata-se que uma pessoa, ao interagir com uma representação simbólica, seja com uma máquina ou com outra pessoa, aprende. Nesse sentido, cabe ao professor precisar até que ponto o equipamento e/ou mídia que pretende utilizar em sua aula irá auxiliá-lo. Deve também, ficar atento às dimensões que podem ser abordadas ao trabalhar com a mídia, transformando-a em sua aliada, ao invés de uma vilã.



Referências:


BESSA, Dante Diniz. Teorias da Comunicação.BRASIL. MEC. SEB. Brasília: UnB, 2009.


LE GOFF, Jacques. Memória. In: ______ História e Memória. 5. ed. Campinas, SP: UNICAMP, 2003, p. 419-476.

3 comentários: