domingo, 12 de junho de 2011

MÓDULO 1 - MEMORIAL

Curso técnico de formação para os funcionários da educação. Profuncionário
Professora: Aurineide Maria Moreira Hauth
Aluna: Rosilene de Lima


MEMORIAL MÓDULO 1


            Este memorial refere-se ao primeiro módulo estudado do curso técnico de formação para os funcionários da educação (Profuncionário) em Multimeios Didáticos, cujo tema em questão foi “Funcionários de Escolas: cidadãos, educadores, profissionais e gestores”, parte integrante do área de formação pedagógica. É um curso de educação a distância, em nível médio, voltado para os trabalhadores que exercem funções administrativas nas escolas das redes públicas estaduais e municipais de Educação Básica.
            Inicialmente, os temas propostos para trabalho foram, na unidade I “Funcionários das escolas públicas: quem somos nós?” e na unidade II “O que é educação? Desenvolvimento pessoal, socialização, comunicação e formação”.
            Foi muito interessante estudar esses temas. Gostei muito da forma como o autor trabalha o texto, num formato de histórias verídicas, contando exatamente o dia-a-dia da escola. Por meio dessa metodologia e ainda com a orientação da tutora do curso, foi possível refletir acerca das diversas situações encontradas no interior da escola e tomar uma mudança de postura com relação a algumas delas, visto que como profissional da educação evidencia-se a necessidade de um trabalho harmônico, de respeito, valores e cidadania.
            Dentro dessas unidades pesquisei todas as escolas do município de Cianorte, a quantidade de alunos nelas matriculados, bem como as etapas que cada escola atua na Educação Básica. Informações como essas, considero de suma importância a todos os envolvidos na área educacional. É preciso conhecer o campo em que se atua para se ter um bom desempenho no trabalho a ser desenvolvido.
            Estudei também diversas temáticas presentes no ambiente escolar, tais como: a importância dos órgãos colegiados e participação nesses de todos os seguimentos da escola; a Proposta Pedagógica da escola que deve ser elaborada coletivamente e de forma coerente com o Regimento Escolar, documentos que fundamentam a vida escolar; aprendi a classificar as escolas de acordo com sua mantenedora; entrevistei pessoas que passaram pelo “exame de admissão”, uma prova que era realizada antigamente para a promoção do nível primário para o ginásio; investiguei as famosas Escolas Normais, sendo a primeira em Niterói, na capital da Província do Rio de Janeiro e as alterações que houveram por meio da Lei 5692/71, que transformou o curso Normal em “habilitação para o magistério”, e a Lei 9394/96, que reiterou o curso normal, em nível médio, como alternativa para a formação de professores a atuarem na Educação Infantil e no Ensino Fundamental; a relevância em se pensar em educação como um todo, não apenas como responsabilidade da escola, mas um papel das mais diversas instituições sociais, como a família, a igreja, etc.; o papel do funcionário da escola perante os alunos, tendo em vista que o ambiente escolar deve ser educacional, não limitando-se as quatro paredes da sala de aula; e muitas outras temáticas debatidas em sala de aula com os colegas que trabalham em outras escolas.
            Nas unidades III e IV foram propostos os seguintes temas “A escola pública como espaço da educação de qualidade: Constituição e LDB” e “Gênese histórica dos funcionários: religiosos coadjutores, escravos serviçais, subempregos clientelísticos e burocratas administrativos. Reconstruindo identidades”, respectivamente.
            A unidade III oportunizou-me relembrar o processo de ocupação portuguesa, um tanto astucioso, do território brasileiro; a forma com que os índios se submeteram à educação européia; a interação entre portugueses e índios delineando uma cultura indígena “civilizada”; a fundação da primeira escola (elitizada) do Brasil; etc. Para uma melhor visualização do período estudado, foi recomendado pela tutora do curso assistirmos ao filme “A Missão”[1], o qual retratou bem que, embora os jesuítas tivessem como objetivo a difusão da fé e a conversão dos nativos, as missões acabaram como mais um instrumento do colonialismo, onde em troca do apoio político da Igreja, o Estado se responsabilizava pelo envio e manutenção dos missionários, pela construção de igrejas, além da proteção aos cristãos.
            Outro aspecto importante a ser lembrado, no que concerne à unidade III, é a questão da Constituição de 1988, nossa sexta Carta Magna que dedica um espaço exclusivo à educação. Por meio de sua promulgação evidencia-se uma preocupação com a qualidade da educação dos brasileiros, igualdade de condições de acesso e permanência na escola, liberdade de aprender, pesquisar, expressar o pensamento, pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, gratuidade no ensino, valorização dos profissionais que atuam nessa área e gestão democrática do ensino público.
            Por meio da unidade IV analisei aspectos históricos acerca da gênese dos funcionários. Em síntese, inicialmente surgiram os coadjutores, irmãos religiosos que auxiliavam os padres Jesuítas, encarregados das aulas. Trabalhavam como enfermeiros, sacristães, horticultores, bibliotecários, etc., atividades relacionadas ao processo de ensino. Com a expulsão dos Jesuítas foram instituídas “aulas régias”, a cargo de uma única pessoa: o professor. Esse, quando auxiliado era por um escravo. Por volta de 1834, com a multiplicação das escolas, surgiram duas formas de funcionários, ambos assalariados – uns responsáveis pela conservação e outros pela secretaria da escola – por indicação política ou concurso público. Ainda hoje os temos presentes nos órgãos do sistema de ensino: os subempregados clientelísticos e os burocratas administrativos.
            Foi interessante refletir sobre a forma de contratação dos funcionários atualmente nas escolas. Todos devem passar por uma prova de conhecimentos gerais, entretanto, não é levada em conta a experiência empírica da pessoa. Um homem que mal sabe fritar um ovo, por exemplo, é capaz de passar em um concurso para trabalhar de cozinheiro. Esse cenário começa a tomar novas formas nos dias de hoje. Expressão disso são os cursos técnicos Profuncionário, que visam a construção de identidades profissionais, tais como: técnicos em administração escolar; técnicos em multimeios didáticos; técnicos em alimentação escolar; técnicos em meio-ambiente e manutenção de infra-estrutura escolar. Todavia, esse processo de construção identitária depende de nós funcionários, de “vestirmos a camisa”, de buscarmos uma qualificação profissional, de nos comprometermos com o nosso trabalho que é inerente ao desenvolvimento educacional.
            “Funcionários: em primeiro lugar, cidadãos. Escolaridade básica e superior” e “O papel dos funcionários como educadores” foram os temas de estudo das unidades V e VI. Esses temas me permitiram observar pormenorizadamente a situação escolar dos funcionários em exercício na atualidade. Esses têm buscado uma qualificação profissional de nível superior, direito de todo cidadão e extremamente importante para o crescimento tanto intelectual quanto profissional, tendo em vista que um curso superior amplia os horizontes de qualquer pessoa e que a educação do funcionário influi diretamente nas relações que este estabelece com os alunos. Daí a importância de cada um ter bem delineado o seu papel como educador, instigando os alunos a um comportamento adequado, mantendo bons relacionamentos, preservando o ambiente escolar, respeitando não somente os professores e funcionários, mas os colegas, enfim, estabelecendo valores de cidadania. Por meio de ações como essas evidencia-se a educação na escola como um todo, não apenas na sala de aula.
            As últimas unidades estudadas no primeiro módulo: “Funcionários: profissionais valorizados ou servidores descartáveis?” e “Funcionários: gestores na democracia escolar, VII e VIII respectivamente, me permitiram analisar algumas concepções, criadas pela sociedade em geral, acerca das atividades desenvolvidas por professores e funcionários nos estabelecimentos de ensino. Os primeiros, muitas vezes, são considerados o centro do processo ensino aprendizagem, responsáveis pelas atividades fins, quando na verdade o produto final é resultado de um trabalho coletivo. Entretanto, desde momentos como a chegada a escola, por meio do cumprimento do porteiro e a realização da matrícula, até a saída, após o aluno ter estudado em uma sala de aula limpa, ter tomado uma merenda nutritiva que o fortaleceu e aumentou sua capacidade de concentração, ocorre um movimento no sentido de atingir a aprendizagem dos alunos, todavia, não apenas de ensiná-los, mas de educá-los numa totalidade, formando consciências e valores com os quais os alunos irão se deparar em sua prática social. E essas atividades são chamadas meios.
           


[1]    TÍTULO DO FILME: A MISSÃO (The Mission, ING 1986)
DIREÇÃO: Roland Joffé
ELENCO: Robert de Niro, Jeremy Irons, Lian Neeson, 121 min., Flashstar

19 comentários:

  1. Gostei muito de ler este memorial do módulo 01,me ajudou bastante. Muito obrigada! Parabens. GEOVANNA.

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  2. sou secretária de uma escola mul. e estou terminando o Profuncionário, já conclui o meu memorial, gostei muito de sua maneira de se expressar. parabéns.

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  3. Olá!
    Que bom que gostaram, fico muito feliz em compartilhar este trabalho.
    Abraços,
    Rosilene

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  4. Foi muito bom ler seu memorial, me ajudou bastante a fazer o meu.

    maria - Tarauaca´-Acre

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  5. Estou fazendo o curso profuncionário em Tarauacá-Acre e gostei muito do seu memorial, através dele consegui entender muitas coisas.

    Marli

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  6. Perfeito,me ajudou demais...Resumo do módulo numa linguagem simples,abordando todos os pontos.Bacana demais,tbm estou fazendo o curso.Aprende-se muito com ele.

    Susana

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  7. Foi muito bom fazer a leitura de seu memorial.Mim ajudou muito

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  8. Olá! O seu memorial me ajudou, conseguir tirar algumas duvidas.
    Parabéns!

    Capixaba - Acre

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  9. Obrigada a todos pelo carinho!
    Abraços, Rosilene.

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  10. modulo 3 pratiques da unidade 4

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  11. AXIXÁ DO TOCANTINS gostei muito de estudar esse memorial, pois ele me ajudou acompreeder a importâcia de uma
    a.s.g dentro da escola, agora q estudei o primeiro modúlo e estou adorando...

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  12. andreia lopes sitio novo to29 de novembro de 2011 às 13:24

    adorei este memorial , vai me ajudar bastante na construçao do meu memorial obrigada , consegui tirar varias duvidas...

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  13. Rosilene obrigado por suas postagens me ajudou muito.
    valeu
    Val de Ptga-Mt

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  14. Hoje estou fazendo meu memorial para o mudulo 1, e adorei a maneira como você colocou em palavras tudo o que acontece realmente na escola, e lendo este memorial ele me ajudou muito na construção do meu memorial, pois deu para clarear mais minhas ideias.

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  15. eu também adorei estou fazendo o meu memorial do modulo 1.obrigada me ajudou ,,

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  16. Obrigada foi fundamental o seu memorial bjs querida

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  17. Gostei bastante de ler seu memorial.
    Sabe a novidade? eu fiz admissão para cursar o ginásio. Foi em 1968.
    Muito obrigada.
    PS
    Estou cursando ainda, sou secretária há 17 anos.


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  18. Cursando ainda o Profuncionário

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