quinta-feira, 19 de agosto de 2010

MÓDULO 16 - ATIVIDADE: Técnicas de gravuras


Curso técnico de formação para os funcionários da educação. Profuncionário – Turma 03
Professores: Valquíria Charles de Freitas e Maicon Rogério Canuto
Aluna: Rosilene de Lima
Referência: módulo 16

Técnicas experimentais de gravura em sala de aula – Placa de isopor

Professora: Renata Oliveira




Obs.: Esta aula, na íntegra, encontra-se disponibilizada no endereço eletrônico abaixo:

Dados da Aula:


O que o aluno poderá aprender com esta aula
-Produzir gravuras a partir de temas orientados.
- Conhecer outra técnica experimental de gravura, com placa de isopor e desenho rebaixado.

Duração das atividades
4 aulas de 50 minutos cada

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Aulas do Portal do Professor intituladas "Técnicas de Gravura" e "Técnicas experimentais de gravura em sala de aula – Placa de papelão"

Estratégias e recursos da aula
Dando continuidade às discussões de técnicas experimentais sobre gravura, proponho que o professor trabalhe de outra forma que dá excelentes resultados. A utilização de placas de isopor com o desenho rebaixado gera ótimas gravuras e é uma técnica bastante acessível para os alunos.

Sugiro que nesta produção seja estabelecido um tema, para os alunos produzirem pautados por determinada orientação. Já tive a oportunidade de trabalhar duas vezes com esta técnica em escolas diferentes. Em uma foi usado como tema lendas do folclore brasileiro, em 2006, com alunos de sexta série. Em outra, trabalhamos com o tema Circo em 2009 também na sexta série, aproveitando uma visita a um circo de passagem pela cidade. Os trabalhos seguiram o roteiro abaixo:

-Inicie a aula comentando a técnica de gravura com placa de papelão/ imagem em relevo e ouça observações feitas pela turma sobre as dificuldades enfrentadas, aspectos positivos e negativos do trabalho. Então coloque a questão sobre a gravura com placa isopor, que ao contrário do papelão tem o desenho rebaixado. Isto significa que antes o que ganhava tinta era o relevo e não a placa e agora a placa será toda entintada e os rebaixamentos irão gerar áreas brancas. Dessa vez o desenho pode ser orientado por linhas, tal qual placas de metal como vimos, mas ao mesmo tempo, dependendo da forma como o aluno trabalha, o aspecto da impressão lembra muito as xilogravuras. A sugestão é que se use isopor de bandejas de frios. São placas mais finas, mas que garantem boa impressão e reutilizam um material que dificilmente é reciclado.

-O tema pode ser decidido de acordo com acontecimentos da cidade, região ou até mesmo na escola, associando a algum assunto trabalhado em outra disciplina, por exemplo. Os alunos devem desenvolver os desenhos, observando que, quanto mais detalhado e pensado, mais interessante é o resultado obtido. A mesma regra da inversão do desenho na placa, já utilizada na placa de papelão, vale aqui. O que muda é a forma de transferência, pois o isopor afunda se os alunos transferirem usando força. O ideal é usar o carbono, mas deve-se fazer o desenho de forma bem suave, reforçando com caneta hidrocor posteriormente.

Com o desenho invertido reproduzido na placa de isopor, inicia-se o processo de rebaixamento e sulcos na placa que podem ser feitos de duas formas:

-Os próprios alunos podem atuar na placa, rebaixando as partes com a lapiseira ou caneta. Está forma de fazer o afundamento é mais segura, mas costuma dar um acabamento menos cuidadoso à placa, já que o isopor resiste à entrada do instrumento o que pode ocasionar falhas.

-Com um prego apoiado em uma borracha é possível aquecê-lo em uma vela e passar pela placa, o que abre espaços sem falhas, já que o calor faz a placa derreter onde o prego encosta. Isto exige mão firme e perícia, além de ser perigoso para os alunos fazerem sozinhos. Se puder contar com auxilio de outro professor, estagiário ou bolsista em sala, é interessante deixá-lo acompanhando e auxiliando alguns alunos fazendo o processo de rebaixamento. De forma alguma deixe o aluno trabalhar sozinho neste procedimento, pois ele é perigoso e pode causar machucados e queimaduras se mal administrado.

Com a placa pronta, inicia-se o processo de impressão que é semelhante ao usado na aula com a placa de papelão. Cada aluno deve numerar e colocar nome nas folhas (em um mínimo de 4). Ao entintar a placa a folha deve entrar por cima. Eles podem usar paninhos secos para fazer pressão na folha contra a placa gerando a impressão. A questão da força continua valendo, tendo o aluno que achar um meio termo para não estragar a placa.

Seguem abaixo imagens de trabalhos produzidos por alunos a partir desta técnica:











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